A Natureza Feminina

Se durante muito tempo, a mulher foi exclusivamente mãe e esposa no espaço do lar, nos tempos mais modernos, ocupa lugares de destaque na sociedade, passando a ter também uma vida profissional mais ativa e preenchida.

 

Com todas as responsabilidades e papéis que desempenha, tanto em casa com a família, como na sociedade, é fundamental que a mulher se sinta bem e confortável. E isto, leva a que a preocupação com a sua qualidade de vida e bem-estar, aumente.

 

O facto de o tempo também ter trazido uma esperança de vida maior, fez com que se passasse a conhecer melhor os ciclos biológicos da mulher, bem como os problemas associados. Como atualmente também há uma crescente necessidade de ter uma qualidade de vida que seja adequada aos padrões sociais estabelecidos, torna-se fundamental que as mulheres tenham acesso facilitado às ferramentas que lhes permitam ter soluções, seja qual for a idade e a fase da sua vida. O foco principal é que, as mulheres, por serem especiais por tudo o que são capazes, merecem o melhor.

 

Aparelho Reprodutor feminino

Trata-se do conjunto de órgãos na mulher que é responsável pela reprodução. É constituído pelos órgãos genitais (externos) que têm como função permitir a entrada de esperma no corpo e proteger os órgãos internos de agentes patogénicos. Devido à sua capacidade de comunicação com o exterior, é ponto de entrada para micro-organismos que podem provocar doenças, nomeadamente infeções ginecológicas, que são transmitidas, geralmente, durante o ato sexual.

Por sua vez, os órgãos genitais internos são responsáveis pela preparação e desenvolvimento de uma potencial gravidez: inicia-se nos ovários, responsáveis pela libertação de óvulos, que continua com as trompas de Falópio, local onde ocorre a fertilização de um óvulo. De seguida, no útero é onde ocorre a implantação e o desenvolvimento do feto até se tornar um bebé completamente desenvolvido e pronto para o nascimento através do canal cervical (vagina).

Todos os fenómenos que ocorrem a nível reprodutor supõem a interação de várias hormonas e vários órgãos, nomeadamente o hipotálamo. O hipotálamo é responsável pela segregação de hormonas ou fatores de libertação que atuam na hipófise (localizada por baixo do hipotálamo) e estimulam a libertação de outras hormonas. O padrão de libertação de hormonas sexuais funciona por um mecanismo de feedback, sendo os estrogénios e a progesterona as principais hormonas envolvidas.

 

Ciclo menstrual

Refere-se às alterações cíclicas que ocorrem nas mulheres sexualmente maduras e não grávidas, e que terminam com a menstruação, que é definida como sendo o desprendimento do revestimento interno do útero (endométrio) acompanhado de hemorragias.

Por definição, o primeiro dia do ciclo menstrual é considerado o primeiro dia de hemorragia e termina no início da menstruação seguinte. Os ciclos menstruais variam entre 21 e 40 dias e apenas 10 ou 15% são de exatamente 28 dias. O ciclo menstrual divide-se em e fases: folicular, ovulatória e luteínica.

A fase folicular é quando há o desenvolvimento característico dos folículos dos ovários. Nesta fase há a atuação da hormona foliculoestimulante, que estimula o crescimento de 3 a 30 folículos, onde cada um contém um só óvulo.

Na fase ovulatória ocorre a aproximação do folículo que cresceu da superfície do ovário, que acaba por rebentar e libertar o óvulo (ovulação). Nesta fase algumas mulheres podem sentir uma moinha na parte inferior do abdómen, que pode durar uns minutos ou algumas horas.

A fase luteínica é quando o folículo rebentado fecha e forma o corpo lúteo (amarelo) que segrega quantidades cada vez maiores de progesterona.

Esta fase termina exatamente antes do período menstrual e o corpo lúteo degenera, exceto se houver fecundação do óvulo. Se tal ocorrer, o corpo lúteo inicia a segregação da hormona gonadotropina coriónica humana até o feto ter capacidade de produzir as suas próprias hormonas. É na deteção desta hormona que se baseiam os testes de gravidez.

Na menstruação, devido à redução dos níveis de estrogénios e progesterona, parte do endométrio solta-se. A hemorragia menstrual dura entre 3 a 7 dias e a sua duração média é de 5 dias, sendo que a mulher perde entre 14 g e 280 g de sangue (em média, 128 g).

 

Menopausa

Quando uma mulher atinge uma idade entre os 40 e os 50 anos, o ciclo menstrual torna-se irregular e a ovulação deixa de ocorrer. Consequentemente, os ciclos menstruais cessam completamente. A menopausa é a ausência definitiva da menstruação.

Este fenómeno ocorre dado que, com o passar do tempo, os ovários respondem cada vez menos à estimulação provocada pela hormona luteinizante e pela foliculoestimulante, segregadas pela hipófise. Consequentemente, os ovários segregam cada vez menos quantidade de estrogénios e de progesterona e a ovulação pára.

A menopausa é especialmente conhecida pelos sintomas que causa na mulher. Muitas mulheres (cerca de 75%) queixam-se de afrontamentos, que são acessos de calor em especial na cabeça e pescoço e a pele fica vermelha e quente e a sudação pode ser intensa. Estes podem ser também seguidos de calafrios. A menopausa também provoca sintomas psicológicos e emocionais como a fadiga, irritabilidade, insónia e nervosismo causados pela diminuição dos estrogénios. Por vezes a mulher pode sentir enjoos, ter uma sensação de formigueiro e sentir os batimentos cardíacos. Também pode ocorrer incontinência urinária, inflamação na bexiga e vagina e secura vaginal.

Após a menopausa, há também um aumento do risco de aparecimento de osteoporose, o que aumenta a probabilidade de ocorrerem fraturas ósseas. A diminuição dos estrogénios também é responsável pelo rápido aumento da incidência de doenças cardiovasculares, devido ao aumento do colesterol LDL e uma redução do HDL.

 

Problemas ginecológicos e menstruais

Os problemas ginecológicos são os relacionados com o aparelho reprodutor feminino. As suas causas são variadas, nomeadamente, infeções, lesões ou alterações hormonais. Apesar das perturbações normalmente serem de pouca importância e se resolverem por si, outros, como as infeções podem atingir uma maior gravidade, o que pode implicar atenção médica. As perturbações menstruais mais frequentes são o Síndrome Pré-menstrual, a dismenorreia, amenorreia e os fibromas. Estas surgem devido ao controlo da menstruação ser feito através de um conjunto de interações complexas entre as hormonas.

 

Vaginite e vulvite

Uma vaginite é uma inflamação na mucosa da vagina e a vulvite ocorre ao nível da vulva. Nestas condições há uma inflamação e uma produção excessiva de uma secreção vaginal que tem um odor forte que pode ser acompanhada por comichões, queixas ou dor vaginal. As suas causas podem estar relacionadas com infeções, substâncias estranhas, fármacos, alterações hormonais. O aparecimento de infeções por bactérias e fungos pode ser associado a uma higiene insuficiente, que causa irritação.

 

Sindrome pré-menstrual

O Síndrome Pré-menstrual é caracterizado por nervosismo, irritabilidade, instabilidade emocional, depressão, cefaleias, edema e hipersensibilidade dolorosa dos seios, que aparece entre 7 e 14 dias antes do início do período menstrual. Pensa-se que as suas causas possam estar relacionadas com as variações dos níveis de estrogénios e progesterona ao longo do ciclo menstrual.

O tipo e a intensidade dos sintomas variam consoante a mulher e o mês, podendo nos casos mais graves alterar a vida da mulher. Em geral, os sintomas aparecem 1 a 2 semanas antes da menstruação e desaparecem com o fluxo menstrual.

 

Dismenorreia

É caracterizada pela presença de uma dor abdominal provocada pelas contrações uterinas, que ocorrem durante a menstruação, quando há uma redução da quantidade de sangue que chega ao endométrio. As dores surgem na parte inferior do abdómen e estendem-se até à parte inferior das costas ou pernas. Estas podem consistir em cãibras intermitentes ou então numa moinha constante. Muitas vezes vêm acompanhadas de cefaleias, náuseas, obstipação, diarreia e de uma necessidade de urinar frequente.

A dismenorreia primária (sem causa subjacente) é uma situação muito comum, podendo afetar mais de 50% das mulheres, podendo atingir proporções graves em 5 a 15% destas.

Normalmente, as mulheres começam a sentir estas dores durante a adolescência e estas podem ser tão intensas que podem interferir com as atividades diárias da mulher, sendo responsável por ausências no trabalho ou na escola. A sua tendência é para diminuir de gravidade ao longo do tempo e geralmente passa após uma primeira gravidez.

 

Fibroma

Um fibroma é um tumor não cancerígeno composto por tecido muscular e fibroso, presente na parte uterina. Estes aparecem em pelo menos 20% das mulheres com mais de 35 anos. O tamanho destes fibromas pode variar de um tamanho microscópico para o de um melão. A causa do seu aparecimento é desconhecida, mas pensa-se que possa estar relacionado com os níveis de estrogénios, crescendo geralmente durante a gravidez e reduzem-se após a menopausa.

Os sintomas associados estão relacionados com o número, tamanho, localização na parede uterina e o estado em que se encontram (se estão ou não em crescimento). Quando há sintomas, estes podem ser hemorragias menstruais intensas ou prolongadas, dor, pressão, sensação de peso na dor pélvica, necessidade de urinar com mais frequência e inchaço no abdómen.

 

Para atenuar as variações nos níveis de estrogénios e progesterona e assim evitar sintomas tanto no síndrome pré-menstrual como também na fase da menopausa, aconselha-se a:

  • Evitar a retenção de líquidos com redução do consumo de sal,
  • Reduzir a quantidade de açúcar ingerida,
  • Reduzir o consumo de cafeína,
  • Reduzir o consumo de álcool,
  • Introduzir mais hidratos de carbono na alimentação,
  • Suplementação com cálcio e magnésio,
  • Praticar exercício físico,
  • Evitar situações de stress,
  • Realizar exercícios de relaxamento.

 

Dietmed.pt

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